O CD Ivanildo Penha e Convidados, lançado no ano 2000, é uma coletânea do cancioneiro tourense, gravada por iniciativa do médico e compositor Ivanildo Cortez de Souza, produtor executivo do CD. O disco é composto de 15 canções incluindo o Hino de Touros e o Hino do padroeiro de Touros, o Bom Jesus dos Navegantes.
As composições do disco são de José Porto Filho, Luiz Patriota, padre Antônio Antas, Airton Ramalho, Ivanildo Penha, Carlos Penha e Luiz Penha.
A produção musical é do compositor Erivaldo Nascimento Galvão (Babal), com a participação dos músicos Jubileu Filho, Ricardo, José Fontes, Marcos Lima, Francilúzio, Eduardo Taufic, Alexandre, Marconi, Gilberto, Distefanno, Galvão Filho.
O vocal tem a participação de Adriana Ribeiro, Aline Ribeiro, Ozanita e Betinha.
Conheça algumas das composições presentes no CD:
ODE A TOUROS
Autor: José Porto Filho
Vou cantar a minha vila, que cintila
Sob o clarão do luar...
Maceió desce encantado e prateado,
Em busca do verde mar,
Vagaroso, com ciúmes
De seus constantes queixumes,
Que ele está a murmurar
Touros, meu berço querido,
Terra santa de meus pais.
Não me deixes esquecido...
Touros, meu berço querido,
Escutai meus tristes ais!
Lembro ouvir o gorjeado do canário,
Nas claras manhãs de estio.
Sobre o leque dos coqueiros altaneiros,
Retratados pelo rio...
Como é lindo, donairoso,
Quando o cantar mavioso,
Ensaia o seu enxurrio.
Ao romper das madrugadas as jangadas
Vão singrando à pescaria
Conduzindo os pescadores, sem temores
Da fúria da ventania.
E nesse labor insano,
Dominando o oceano,
Com arrojo e valentia
A tardinha em horas mortas, quais gaivotas
De velas pandas ao vento
As jangadas que regressam, se apressam
Ao local do encalhamento...
Depois, nas choças de amores
Esses bravos pescadores
Não soltam um só lamento!
Cantei um dia para acalentar a vida
Como triste canta um preso passarinho
Numa linguagem doce e sentida
Também canta, com saudades do ninho
A vida é triste, que de prazer me resta
Já foram-se as festas com alegria e tudo
Num sonho róseo vaporou-se tudo
Aqui é um cárcere solitário e mudo
Aqui é um cárcere solitário e mudo
Onde não posso sonhar com a liberdade
Num sonho róseo vaporou-se tudo
Aqui é um cárcere solitário e mudo
Meigo e bom, jaz suspenso no madeiro
Ostentando as agruras do sofrer
Bom Jesus, Deus e homem verdadeiro
Que por nós veio à terra padecer
Divino Bom Jesus dos Navegantes
Os teus filhos proteges com vigor
Nos lares ou nas lidas ofegantes
Sempre sê guia, mestre e bom pastor
A coroa de espinhos na cabeça
Torturando esta parte tão sensível
Nos ensine um amor que não feneça
Crie em nós uma fé imperecível
Estas chagas que a lança abriu no lado
Perfurando o amante coração
Cure em nós os afetos desregrados
Aumentando a virtude e o amor são
Estes pés, estas mãos dilaceradas
Nas agruras de atrozes sofrimentos
Ao dever nos conduz encaminhados
Para o bem, pela lei dos Mandamentos
E do trono da cruz a dominar
A Paróquia ouve o hino que ela entoa
Na cidade, nos campos ou no mar
Os teus filhos proteges e abençoas.
Touros,
Tua praia de rara beleza
Foi presente da natureza
De encantos naturais
Touros,
Cidade que inspira os poetas
Descrevendo de tuas festas
Poemas tão divinais
Falar de tudo
Eu não posso, fico mudo
E num silêncio profundo
Vejo que ali está o meu mundo
A tua igrejinha,
Que fica pertinho do mar
Quantos casais já uniu
E em Touros foram sonhar
E o tourinho,
Passeio dos namorados
Que ficam lá abraçados
Olhando as ondas do mar
E os teus coqueiros
As margens de um rio sereno
Oscilando do beijo ameno
Do vento que sopra do mar
É um cenário, rico e cheio de amor
Só lamento não ser pintor
Prá belo quadro eu pintar.
Tem pic-nic lá prás bandas do farol
Pescaria pela barra do riacho Maceió
Beijo roubado no penhasco escarpado
E coqueiro recortado trás os montes contra o sol
Eu esmoreço, esqueço até da hora
Preso num tresmalho sem querer sair
E só me mexo quando o meu chamego
Arma sua rede e vem chamar prá se dormir
Tê, tê, tê, tê, Touro, Touros
Se o sol renasce lá na barra do horizonte
Meu amor me acorda cedo prá eu poder me espreguiçar
Se lavrador, eu vou pro cabo da enxada
Jangadeiro prá jangada, boiadeiro prá aboiar
De volta ao rancho eu fico assuntando
Terá doce de coco, goiaba ou caju
Mas quando eu vou chegando no terreiro
Me basta aquele beijo com sabor de guajirú
Tê, tê, tê, tê, Touro, Touros
E assim a vida escorrega bem dolente
Quem se enrabichou contente, mas nem tudo é só fulô
Tem moça veia que se posta no batente
Esperando finalmente um xodó que não voltou
E essa coisa toda me azucrina
E em riba desta sina de enganar a dor
Em cada uma eu vejo Vitalina
Toda empoada esperando o seu amor
Tê, tê, tê, tê, Touro, Touros
E desse jeito, eu sou feliz
Sei que meus passos me levam ali
Tê, tê, tê, tê, Touro, Touros
Esses coqueiros
Leques esvoacentos
Que acenam prá o mar
E essas dunas já tão derrubadas
De outroras luadas
Lá do Tourinho vemos o farol
Sentinela do mar
E a Matriz olhando pro tempo
Desde 1800, muito tempo atrás
O Morro Vermelho
Ás águas do Mangue
Coisas da minha infância
O banho de bica e no Boqueirão
Tanta brincadeira
E as belas serestas
As canções de Porto e o violão de Pereira
Assim era o povo e a tradição
Da terra praieira
O que eu conheço são gaivotas sem destino
Farol no meio do marzão a iluminar
Parracho Seco, natureza sempre viva
Solidão, dor infinita
Que às vezes nos faz chorar
Tua areia sobre as águas, lua cheia
E as estrelas, cintilando o sideral
O jangadeiro, indo e vindo, madrugada
Seresteiros na calçada
Violão, som musical
Ó padroeiro, Bom Jesus dos Navegantes
Abençoai os jangadeiros do torrão
Pois nessa luta que se chama pescaria
Estão eles todo dia a pescar a refeição
E assim vão indo a viver cada segundo
Fazendo parte desse quadro natural
Parracho Seco, coqueiral, rios perenes
Calcanhar farol mais alto
Da América natal.
Mensagem do Presidente da Fundação José Porto Filho, Ivanildo Penha, no encarte do CD:
O PÁSSARO CATIVO
Autor: Luiz Patriota
Cantei um dia para acalentar a vida
Como triste canta um preso passarinho
Numa linguagem doce e sentida
Também canta, com saudades do ninho
A vida é triste, que de prazer me resta
Já foram-se as festas com alegria e tudo
Num sonho róseo vaporou-se tudo
Aqui é um cárcere solitário e mudo
Aqui é um cárcere solitário e mudo
Onde não posso sonhar com a liberdade
Num sonho róseo vaporou-se tudo
Aqui é um cárcere solitário e mudo
HINO DO BOM JESUS DOS NAVEGANTES
Autor: padre Antônio Antas
Meigo e bom, jaz suspenso no madeiro
Ostentando as agruras do sofrer
Bom Jesus, Deus e homem verdadeiro
Que por nós veio à terra padecer
Divino Bom Jesus dos Navegantes
Os teus filhos proteges com vigor
Nos lares ou nas lidas ofegantes
Sempre sê guia, mestre e bom pastor
A coroa de espinhos na cabeça
Torturando esta parte tão sensível
Nos ensine um amor que não feneça
Crie em nós uma fé imperecível
Estas chagas que a lança abriu no lado
Perfurando o amante coração
Cure em nós os afetos desregrados
Aumentando a virtude e o amor são
Estes pés, estas mãos dilaceradas
Nas agruras de atrozes sofrimentos
Ao dever nos conduz encaminhados
Para o bem, pela lei dos Mandamentos
E do trono da cruz a dominar
A Paróquia ouve o hino que ela entoa
Na cidade, nos campos ou no mar
Os teus filhos proteges e abençoas.
PRAIA DE TOUROS
Autor: Airton Ramalho
Touros,
Tua praia de rara beleza
Foi presente da natureza
De encantos naturais
Touros,
Cidade que inspira os poetas
Descrevendo de tuas festas
Poemas tão divinais
Falar de tudo
Eu não posso, fico mudo
E num silêncio profundo
Vejo que ali está o meu mundo
A tua igrejinha,
Que fica pertinho do mar
Quantos casais já uniu
E em Touros foram sonhar
E o tourinho,
Passeio dos namorados
Que ficam lá abraçados
Olhando as ondas do mar
E os teus coqueiros
As margens de um rio sereno
Oscilando do beijo ameno
Do vento que sopra do mar
É um cenário, rico e cheio de amor
Só lamento não ser pintor
Prá belo quadro eu pintar.
TOUROS
Autor: Ivanildo Penha
Tem pic-nic lá prás bandas do farol
Pescaria pela barra do riacho Maceió
Beijo roubado no penhasco escarpado
E coqueiro recortado trás os montes contra o sol
Eu esmoreço, esqueço até da hora
Preso num tresmalho sem querer sair
E só me mexo quando o meu chamego
Arma sua rede e vem chamar prá se dormir
Tê, tê, tê, tê, Touro, Touros
Se o sol renasce lá na barra do horizonte
Meu amor me acorda cedo prá eu poder me espreguiçar
Se lavrador, eu vou pro cabo da enxada
Jangadeiro prá jangada, boiadeiro prá aboiar
De volta ao rancho eu fico assuntando
Terá doce de coco, goiaba ou caju
Mas quando eu vou chegando no terreiro
Me basta aquele beijo com sabor de guajirú
Tê, tê, tê, tê, Touro, Touros
E assim a vida escorrega bem dolente
Quem se enrabichou contente, mas nem tudo é só fulô
Tem moça veia que se posta no batente
Esperando finalmente um xodó que não voltou
E essa coisa toda me azucrina
E em riba desta sina de enganar a dor
Em cada uma eu vejo Vitalina
Toda empoada esperando o seu amor
Tê, tê, tê, tê, Touro, Touros
E desse jeito, eu sou feliz
Sei que meus passos me levam ali
Tê, tê, tê, tê, Touro, Touros
EVOCAÇÃO
Autor: Carlos Penha
Esses coqueiros
Leques esvoacentos
Que acenam prá o mar
E essas dunas já tão derrubadas
De outroras luadas
Lá do Tourinho vemos o farol
Sentinela do mar
E a Matriz olhando pro tempo
Desde 1800, muito tempo atrás
O Morro Vermelho
Ás águas do Mangue
Coisas da minha infância
O banho de bica e no Boqueirão
Tanta brincadeira
E as belas serestas
As canções de Porto e o violão de Pereira
Assim era o povo e a tradição
Da terra praieira
NATUREZA SEMPRE VIVA
Autor: Luiz Penha
O que eu conheço são gaivotas sem destino
Farol no meio do marzão a iluminar
Parracho Seco, natureza sempre viva
Solidão, dor infinita
Que às vezes nos faz chorar
Tua areia sobre as águas, lua cheia
E as estrelas, cintilando o sideral
O jangadeiro, indo e vindo, madrugada
Seresteiros na calçada
Violão, som musical
Ó padroeiro, Bom Jesus dos Navegantes
Abençoai os jangadeiros do torrão
Pois nessa luta que se chama pescaria
Estão eles todo dia a pescar a refeição
E assim vão indo a viver cada segundo
Fazendo parte desse quadro natural
Parracho Seco, coqueiral, rios perenes
Calcanhar farol mais alto
Da América natal.
Mensagem do Presidente da Fundação José Porto Filho, Ivanildo Penha, no encarte do CD:
A Fundação José Porto Filho oferece à população de Touros e aos seus visitantes uma coletânea de músicas que, ao longo deste século acompanharam as pessoas desta terra nas suas alegrias, tristezas e momentosde devoção.
Este trabalho é mais uma ação da Fundação no sentido de preservar a memória de nossa terra, pois um povo que não tem memória é um povo que não tem história, um povo que não tem passado é um povo que não terá futuro.
Queremos agradecer aos familiares dos autores já falecidos e àqueles que deram sustentação financeira a este trabalho, pois sem este apoio decisivo este sonho de vinte anos agora não se tornaria realidade.
APOIADORES: Prefeitura Municipal de Touros, Gráfica Santa Maria, Somatec, Farias Auto Posto.
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