sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Entrevista com Ana Cláudia Moura sobre a greve dos agentes de saúde tourenses



A tourense Ana Cláudia P. de Moura é servidora publica da Prefeitura Municipal de Touros. Tem graduação em Pedagogia, com especialização em Psicopedagogia, e desde o ano 2003 trabalha no PSF - Largo de Nossa Senhora, como Agente Comunitária de Saúde.


1)Quais as condições de trabalho dos Agentes de Saúde no município de Touros? As condições de trabalho que a Prefeitura nos oferta são mínimas. Recebemos fardamento ainda na gestão do governo anterior. Sabemos que é de obrigação do gestor local fornecer fardamento, protetor solar, enquanto recebemos apenas dois durante todo o ano de 2010. Falta  transporte para deslocamento do Agente Comunitário de Saúde - ACS para as micro áreas, falta equipamento e material profissional suficiente para atender, pelo menos, as necessidades básicas  da população.

2) O atual quadro de Agentes de Saúde atende às necessidades da população tourense? Infelizmente não, porque existe deficiência na distribuição das áreas e micro áreas ainda descobertas.

3) Você poderia esclarecer quais as reivindicações da categoria e a posição oficial da Prefeitura? Melhores condições de trabalho, reajuste salarial e melhor atendimento de saúde à população que está sofrendo por falta de atendimento especializado como: cardiologista, oftamologista, psiquiatra, ortopedista, gastro, psicólogo, fisioterapeuta exames de endoscopia dentre outras. A posição da Prefeitura é alegar que não tem condições de reajustar nosso salário por não ter arrecadação própria do município, mas reivindicamos porque sabemos que esse reajuste é um repasse do Governo Federal que vem destinado para a categoria dos Agentes Comunitários de Saúde.

4) Quais as perspectivas do movimento grevista, caso não seja atendido pelas autoridades municipais?   É que seja aberto um canal nas reivindicações, tanto para o servidor quanto para a população, e que a Prefeitura se sensibilize. Os agentes têm uma grande contribuição no programa saúde da família. Caso não haja um avanço nas negociações temos que radicalizar o movimento chamando a atenção da população e também do Ministério Público, Promotoria de Saúde, Conselho Municipal de Saúde, Conselho Estadual de Saúde e, enfim, todas as autoridades envolvidas com o problema grave em que a saúde publica se encontra, para tentar todos juntos uma solução para todo esse processo de negociação que há mais de dois anos se encontra enterrado.

 5) Qual a mensagem dos Agentes de Saúde para a população, nesse momento de negociações? Pedimos desculpas à população tourense e estamos sensibilizados pelo problema que vá provocar a greve dos ACS, mais que somos obrigados a tomar essas medidas por motivo da Prefeitura não ter apresentado uma proposta que viesse a contemplar os trabalhadores.

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