Na
tradição cristã é sempre renovada a esperança de dias melhores nas festividades
de final de ano, especialmente na festa do Ano Novo.
Particularmente
em Touros, há a coincidência de ser a virada do ano e a festa do padroeiro da
cidade, o Bom Jesus dos Navegantes.
2012,
em especial, será ano de eleições municipais e alguns nomes já se apresentam ao
eleitorado tourense como possíveis candidatos nas eleições de outubro. Esse é
um processo natural que faz parte do jogo democrático e é inerente à vida em
sociedade.
Na
denominada Esquina do Brasil, o poder tem sido mantido nas mãos dos ditos
políticos tradicionais. E aí não se confunda políticos tradicionais, com
famílias tradicionais. São coisas bastante distintas. O fato de um cidadão ter
nascido em uma família tradicional, não é empecilho ou impedimento para que o
exercício do poder seja realizado de forma a atender às necessidades do povo.
Na
terra do Bom Jesus, desde que passei a compreender como funciona a roda viva do
mundo, e aí já se vão cerca de quarenta anos, o poder é exercido sempre de
forma repetitiva, quão um círculo vicioso. É aí que mora o problema.
Nesse
sentido, o exercício do poder se dá sempre de forma canhestra, sem crescimento
e sem avanços significativos nos campos da educação, cultura, turismo, saúde,
economia, etc. Ou seja, é a política da mesmice.
Como
já acentuei em alguns momentos, em espaços públicos de comunicação, Touros tens
boas referências, bons quadros acadêmicos, empresariais, etc, que podem somar
em prol do desenvolvimento local. O que ocorre é que se prefere a política da
pequenez, em que se opta por quadros desqualificados tecnicamente, preferindo o
apadrinhamento político, sem uma gestão mais agressiva em prol de defender bons
e criativos projetos para angariar recursos para a ponta do calcanhar.
Em
uma região eivada de dificuldades como a do Mato Grande, é impossível querer gerir
a máquina pública sem a realização de parcerias com os entes federativos, como
também, com o apoio de parlamentares que, efetivamente, destinem emendas e
sejam parceiros do crescimento do município, e não sirvam, apenas, para oferecerem
jantares pomposos aos prefeitos norte-rio-grandenses, na capital federal.
Diz o dito popular que por causa de um grito
se perde uma boiada. Foi nessa perspectiva que Touros já perdeu a oportunidade
de ter, no campo educacional, a sua unidade do Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia – IFRN, como também, perdeu a oportunidade, no campo cultural, de ser incluída no rol de apresentações do
pianista Arthur Moreira Lima, neste período natalino, levando música de
qualidade aos brasileiros que residem em Touros. Isso é fruto da falta de
sintonia e de uma política de comunicação agressiva e que esteja a altura do
peso histórico que tem o município de Touros.
Touros
tem estatura moral para exigir e demarcar o seu território no cenário institucional
do Rio Grande do Norte. A sua história e a sua cultura são os responsáveis por
esse lugar reservado e ainda não ocupado.
Assim
sendo, alerto aos tourenses que não deixem 2012 ser mais um ano de mesmices. Escolham
vereadores realmente comprometidos, com capacidade intelectual para elaborar
projetos que sejam direcionados ao benefício da maioria da população. Tirem,
definitivamente, da Câmara Municipal de Touros os vereadores chamados
popularmente de lagartixas, aqueles que só balançam a cabeça para concordar com
tudo que o executivo propõe.
Na
área do poder executivo, quando os candidatos forem em suas casas pedirem o
voto de vocês eleitores, cobrem quais são os projetos para o quadriênio
2013-2016. Quais as propostas concretas para a área da educação, da saúde, do
turismo, da cultura, da economia local, etc.
Exijam
das instituições locais (igrejas, sindicatos, Colônia de Pescadores,
associações) que promovam debates públicos e convidem os candidatos a prefeito
para debaterem os seus programas e as suas propostas de governo. E que vocês,
eleitores, também possam questionar os candidatos durante o debate.
Essa,
com certeza, será uma prática política inovadora de forma a ajudar você,
eleitor, na hora de sua decisão cidadã.
Será
que 2012 será um ano realmente novo? Um ano de verdadeiras mudanças? Um ano de
projetos inovadores? Com a palavra você eleitor.